BIBLIOLOGIA l

BIBLIOLOGIA

A Linguagem Falada
Chame-se linguagem a expressão da faculdade de se comunicar. Seus sinais podem ser sonoros, visuais e até escritos. O homem civilizado pratica uma linguagem oral, fazendo grande uso da mímica, tanto que sua fala sempre acompanha de gestos fartos e expressivos.

A Escrita Usada:
A escrita aparece pela primeira vez na narrativa em [GN 4:15] E pôs o SENHOR um sinal em Caim, quando Deus pôs uma “marca”, um “sinal” em Caim. Essa marca representava uma idéia. Assim marcas, sinais, figuras, passaram a ser usadas para registrar idéias, palavras, combinações de palavras.

A Bíblia fala sinete em [ÊX 39:14] Estas pedras, pois, eram segundo os nomes dos filhos de Israel, doze segundo os seus nomes; como gravuras de selo, cada uma com o seu nome, segundo as doze tribos, [IS 3:21] Os anéis, e as jóias do nariz. Usava-se o sinete para impressão em placas de barro, enquanto ainda úmidas.

O Nascimento da Bíblia:
O homem sob a consciência fracassou; agora ele havia de ser colocado sob a Lei. Cerca do fim dos primeiros 2000 anos, Deus chamou Abraão para fora do ambiente idolátrico de seu lar nativo (GN 12:1; JS 24:2-13), mudou o seu nome (GN 17:5) e o constituiu líder de um povo (GN 12:2), conhecido como israelita ou judeu, e agradou a Deus chamar-lhes Seu povo próprio (DT 14:2), e equipou e preparou especialmente durante muitas gerações, para que eles pudessem, em tempo oportuno, tornarem-se depositários de uma revelação escrita (RM 3:2). E eles, como uma nação separada de todos os outros povos sobre a terra, podiam espalhar a bênção desta herança entre todas as nações (MC 16:15; LC 24:47; AT 1:8).

A Origem do Nome “Bíblia”:
Este nome consta da capa da Bíblia, mas não o vemos através do volume sagrado. Foi primeiramente aplicado por João Crisóstomo, grande reformador e patriarca de Constantinopla (398-404 a.D.). O vocábulo “Bíblia” significa “coleção de livros pequenos”, isto porque os livros da Bíblia são pequenos, formando todos um volume não muito grande, como tão bem conhecemos. De fato, a Bíblia é uma coleção de livros, porém, perfeitamente harmônicos entre si. É devido a isso que a palavra “bíblia”, sendo plural no grego, passou a ser singular nas línguas modernas.

À folha de papiro preparada para escrita os gregos chamavam “biblos”. Ao rolo pequeno de papiro os gregos chamavam “bíblion”, e ao plural deste chamavam “bíblos”. Portanto, o vocábulo “Bíblia” deriva da língua grega. No Novo Testamento grego constam os vocábulos “bíblia” (JO 21:25; 2 TM 4:13; AP 20:12) e “bíblion” (RM 3:2; HB 5:12; 1PE 4:11). A palavra “Escrituras” é derivada do latim e significa “Os Escritos”. Este é um termo simples e correto.

Revelação e Inspiração: Revelação: Deus dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas que, por si só, o homem não poderia conhecer. Inspiração: O Espírito Santo age como um sopro os escritores, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura ou erro. O escritor, nesse caso, pode valer-se de outras evidências ou de qualquer outro material.

O Cânon das Escrituras:
A palavra “cânon” significa literalmente “cana” ou “vara de medir”. Passou a ser usada para designar a lista dos livros reconhecidos como a genuína, original, inspirada e autorizada Palavra de Deus, e distingui-los de todos os outros livros como regra de fé. Bem cedo, na História, Deus começou a formação do livro que haveria de ser o meio de sua revelação ao homem. Os Dez Mandamentos escritos em pedra (DT 10:4-5); as leis de Moisés, escritas num livro e postas ao lado da arca (DT 31:24-26); cópias desse livro, que foram tiradas (DT 17:18); acréscimos de Josué feitos ao livro (JS 24:26). Samuel escreveu num livro e colocou-o diante de Deus (1SM 10:25).

Os Livros Canônicos do Antigo Testamento:
Essas “Escrituras” compunham-se de 39 livros, que constituíam nosso Antigo Testamento, embora disposto noutra ordem. Chamavam-se “Lei– 5 livros; “Profetas” – 8 livros; e “Escritos” – 11 livros; assim: Lei: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Profetas: Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze. Escritos: Salmos, Provérbios, Jó, Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas. Manuscritos Originais: Os manuscritos originais de todos os livros da Bíblia, tanto quanto saibamos, perderam-se, Deus na sua providência permitiu isso. Se existisse algum, os homens o adorariam mais do que o Seu divino Autor.

Manuscritos Existentes da Bíblia:
Não há obra clássica que chegou às nossas mãos tantos manuscritos antigos como o texto do Novo Testamento. Os manuscritos mais antigos chamam-se “unciais”, porque foram escritos em letras parecidas com maiúsculas modernas. Foram escritos em velino (Pergaminho fino, preparado com pele de animais recém-nascidos ou natimortos.) ou couro de vitela. Depois apareceram os manuscritos “cursivos”, isto é, foram lavrados em letras miúdas e ligeiras. Dos manuscritos unciais, os mais importantes são: Manuscrito Sinaítico ou código sinaítico, Manuscrito Vaticano, Manuscrito Alexandrino, Ephraemi, Bezae, Claromontanus, os rolos do Mar Morto. Com exceção do texto massorético (ou tradicional), a principal autoridade para a reconstrução da forma primitiva do Antigo Testamento é a versão feita na língua grega em Alexandria, versão que leva o nome dos setenta intérpretes que são tidos como autores da obra, a Septuaginta.

O Pentateuco foi traduzido para o grego. A verdadeira história da sua origem é que, havendo em Alexandria tantos judeus que não podiam ler o Antigo Testamento no original, uma versão grega foi gradualmente traduzida no terceiro e no segundo século a.C., para uso deles; provavelmente a obra inteira se completou até 150 a.C. A expressão "Antigo Testamento" foi criada no século II d.C. e popularizada pelos chamados "pais latinos da Igreja" para denominar as Escrituras hebraicas, ou seja, os textos sagrados dos judeus, até então chamados simplesmente de "Escrituras", exatamente para distingui-los dos escritos recentemente produzidos pelos apóstolos e discípulos de Jesus (as chamadas "Escrituras gregas"), Naturalmente que os judeus não concordam em chamar suas Escrituras de "Antigo Testamento", pois isto representaria a aceitação de Jesus e da incompletude da revelação a eles feita pelo Senhor. Os judeus têm chamado o Antigo Testamento de "TANACH", palavra formada das iniciais de Torah (Lei), Neviim (Profetas) e Ketuvim (Escritos), que é o conjunto dos escritos sagrados. Esta forma de denominação do Antigo Testamento foi utilizada por Jesus, como vemos em Lc. 24:44.

Versão Vulgata:
Do latim “vulgos” – popular, corrente, do povo. É uma versão feita por Jerônimo, notável erudito da igreja estava em Roma, a qual nesse tempo ainda mantinha pureza espiritual, a quem o Papa Damaso (366-384) comissionou, em 383 a.D., para revisar a Bíblia latina.

O resultado é a vulgata Latina, da qual existem inúmeras manuscritos. Possivelmente, de todos os textos, o melhor a determinar o texto da Vulgata na forma do autógrafo é o Códex Amiatinus, que foi copiado pouco antes de 716 a.D., por ordem do abade Ceolfrid, como oferta votiva para o Papa em Roma.

A Vulgata latina foi à primeira obra impressa logo depois da invenção da tipografia, saindo à luz no ano 1455. No ano de 1546, a 8 de Abril, resolveu o Concílio de Trento que se fizesse uma revisão do texto. Os encarregados desta revisão demoraram-se em fazê-la, até que finalmente, um pontífice de vontade férrea, o Papa Xisto V (1585-1590), meteu mãos à obra, tomando parte pessoal no seu acabamento. A nova revisão saiu publicada em 1590. Outra edição veio à luz os auspícios do Papa Clemente VIII em 1592.Muitos termos técnicos, usados na teologia, saíram da Vulgata, como por exemplo, as palavras sacramento, justificação e santificação, provenientes do latim sacramentum, justicatio e santificatio

Nenhum comentário:

Postar um comentário